domingo, 18 de agosto de 2019

Poeta do Interior.


Talvez o pior sentimento seja o de não saber exatamente o que se sente.
Ou de saber o que se sente, mas não querer assumir isso.
Londres, discussão sobre literatura (aquele livro do Tolstói... Ou é Dostoiévski?! Xiii.. Acho que errei o autor e passei vergonha).
Talvez um dia de sol numa universidade federal andando pra lá e pra cá.
Pode ser que seja aquela música do Chico Buarque ou do Belchior.
Malditos corações selvagens. 
Um vinho inacabado (por você) e o primeiro beijo, o primeiro gole. Entre o copo, o teu corpo outra vez.
Um beijo engolido às pressas, um sentimento escondido às vésperas da sede.
Talvez um sentimento tão grande que a gente acha melhor deixar pra lá.

Há tempos sem uma emoção tão grande, será que ainda consigo me emocionar?

Pode ser aquela noite que nunca mais saiu de mim, ou aquele sentimento de vinte anos de você dentro de mim.

Um disco sobre uma pessoa só? Mas onde foi que eu me perdi? Será que foi em um Agosto em Paris? Ou na escrita de um poeta do interior? Talvez seja teu carnaval que faz eu me sentir assim.

Ficar num tango em alto mar só se for num calendário do ano passado... Bobagem, é sempre assim!
Se as minhas cartas de saudade não dizem mais nada, o que posso eu dizer?

 ...Se teu silêncio não me diz nada... 

Variações de um mesmo sentimento que sempre volta pro mesmo lugar, mesmo que eu me esconda entre escombros da escuridão.
Talvez, no final de tudo, a única resposta que eu tenha seja um barco que me faz naufragar.

                                                                                                                                                                                                                     Direitos Autorais da Foto: Leonardo Figueiredo



Texto escrito por: Yago Conforte.

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