domingo, 22 de março de 2020

Até parece que foi ontem minha mocidade.


Sempre achei que o domingo combinasse com melancolia, ou talvez combinasse com um saudosismo estranho. Hoje estava revendo alguns álbuns de fotografia de quando eu era criança, e me deparei com essas fotos. Percebi que mesmo tendo sido criado na cidade, boa parte das minhas fotografias de quando eu era criança, foram feitas na fazenda. Fazenda dos meus tios, avós, amigos dos meus pais... E talvez seja por isso que quando eu olho pra trás, eu tenha a lembrança de andar a cavalo, pescar, e ouvir as histórias que nossos parentes sempre contam, e que cada vez contada, a história se modifique um pouco. Chácaras, sítios ou fazendas sempre me pareceram ser o lugar ideal pra compôr uma canção, escrever um livro ou tocar arioso da cantata 156 no piano e beber vinho. Se um dia eu me tornar um astro do rock, talvez possa comprar uma fazenda e realizar todas essas fantasias. Eu só tenho que deixar de ler Dostoiévski e Camus, porque já é de um puta isolamento mental ler esses caras, imagina fazer isso sozinho e no meio do nada?! Com certeza vou surtar igual o Nietzsche. Devaneios de um domingo à noite, mistérios ou critérios da meia-noite. 

E pra finalizar, de um lado, um cara que sempre passeou pelo lado selvagem; Lou Reed e seu Walk On The Wilde Side. 
E do outro, na cabeça de um quase adolescente que um dia sonha em ser um astro do rock, o pensamento de que a juventude ainda continua sendo uma banda numa propaganda de refrigerantes. =]

                                         Y.C 

                            Walk On The Wilde Side

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