segunda-feira, 2 de março de 2020

Epifania.


Fui batizado e de certo modo, fui criado em igreja católica, hoje em dia não frequento, mas estava procurando algumas músicas aqui e me deparei com música gregoriana. 
Há muito tempo eu não parava pra ouvir músicas de cunho religioso, principalmente da parte ocidental. Mas esse tipo de música é quase um mantra, e transcende só de ouvir. Eu tenho umas viagens que beiram meu lado pueril, e uma delas é viajar pro Vaticano ouvindo música gregoriana; afinal nada se encaixa mais do que essas duas moedas. A minha memória afetiva  de quando eu tinha meus 11 ou 12 anos é na primeira eucaristia se não me engano, meio retraído de estar ali com um monte de jovens da minha idade, tomando a hóstia e todos esses ritos católicos, e é interessante olhar pro passado com os olhos que tenho hoje, de certa forma essa época da minha vida me formou em algum aspecto atual, assim como a minha adolescência ouvindo meu álbum preferido, ou lendo algum escritor que eu admiro, e até os pequenos gestos que parecem ser banais formam o que de fato eu sou hoje. Mas lógico que não posso falar isso e não citar Raul Seixas, que em seu apogeu disse que prefere ser uma metamorfose ambulante do que ter uma velha opinião formada sobre tudo. Acho que é necessário não ficarmos sempre com uma mesma linha de raciocínio, não termos sempre as mesmas ideias, até porque se até Bob Dylan largou o violão e a gaita e assumiu às guitarras elétricas, por que nós, meros mortais, não podemos mudar de instrumento de vez em quando? 



                                              Y.C 

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