quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Nossa Voz.

Havia há muito tempo numa antiga vila um homem chamado (-) esse mesmo homem tinha dentro de si uma profunda vontade de ser escritor, e além de escritor, queria ser músico, e além de músico, era também dentista, o pai, a mãe, e o avô. Ele tinha conhecimentos profundos sobre o universo e a matéria que o compõe, ensinamentos deixado pelos antigos gregos, ensinamentos deixados por Deus, por maçons, por reptilianos, por draconianos, hindus, e por tudo que há no universo, porque somos todos um só. Fractais de um todo (numa esfera superior). Esse mesmo homem que agora era um menino, já escrevia pela janela da fazenda de seus antepassados canções, velhas canções, novas canções, enquanto tomava vinho e tocava seu contrabaixo. Nunca foi músico, nunca foi dançarino, nunca foi escritor, nunca foi médium, tudo que havia eram essências primordiais querendo se aflorar dentro de si. Escondido dentro de si mesmo (será que todo mundo é moderno? Será que todo mundo é eterno como um calendário do ano passado?) 
Era um lobo solitário, era um homem solitário, era uma mulher solitária, mas gostava e precisava da solidão. Esse mesmo homem já atravessou a rua com um quarteto, já se apresentou em bandas de Power Trio, e já dançou em volta da fogueira pra celebrar. 

Havia dentro de si dois sóis, duas luas, e havia também o universo, como diria Raul Seixas; cada um de nós é um universo. 


Pra quê dizer? Pra quem falar? Se tudo que nós temos é o fogo a apagar.  
Talvez o rascunho que é a tua vida, vire lixo na calçada, na estrada-fantasia.  

                                       Yago Conforte. 

                                              Continua    
                                                   (...) 


 

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