segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Pink Freud.

A visão de pink floyd é um muro surreal, na visão surrealista; another brick in the wall. 


          De um lado; uma parede separando dois medos. 
          Do outro; a linha separatória entre dois mundos. 
                     São dois lados da mesma moeda. 

sábado, 22 de fevereiro de 2020

Lucky Man.

''Se você sofresse tanto quanto eu sofro com a solidão, e precisasse tanto quanto eu preciso da solidão, não me pediria pra repetir palavras banais das quais eu já me esqueci...'' 



A solidão nem sempre é sozinha, principalmente se acompanhada de Emerson, Lake & Palmer.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Velha Uberlândia de Grande Othello.

Nesta última semana foi a inauguração da nova biblioteca aqui de Uberlândia. O espaço tá incrivelmente uberlandense, fotografias de uma Uberlândia antiga e atual que retrata o nosso cotidiano, que mais parece cotidiano de uma grande metrópole. Além disso, ainda tem um espaço reservado na área externa para bandas se apresentarem, lugar no qual espero tocar um dia.
Também tem uma sala que abriga a Banda Municipal, se não me engano, onde fica um piano com uma cauda gigante. É gratificante ver o quanto a cultura está mais próxima das pessoas agora, e pensar que um projeto que foi idealizado por volta dos anos 70 ainda esteja em pé até hoje com esse tipo de entretenimento. Pra finalizar, um verso de uma música que fiz pra Uberlândia; 


        "A velha Uberlândia de Grande Othello Mineiro, carrega na bandeira verde, amarelo, vermelho..." 


Abaixo, algumas fotos que marcaram esse evento histórico na cidade da farinha podre. 



Cara, eu viajei demais nessa antiguidade. Imagina se nos dias atuais a gente ainda encontrasse um desses na rua?



''Livros de guerra e paz, amantes na euforia, uma canção e um grito incapaz de alcançar a noite tão fria...''




Sou suspeito pra falar, mas Uberlândia mesmo em épocas mais remotas, tinha um ar de cidade promissora, a única coisa que eu sei, é que gostaria de ter vivido essa época.



Sem falar então da mogiana, a estrada de ferro que cortava nossa cidade, e com certeza ainda corta a memória de alguns uberlandenses.





Outro ponto interessante para se notar, são ás variações linguísticas, nunca me passou pela cabeça que ''saída'' já foi ''sahida''.



E por fim a área externa, onde aconteceram os shows da noite, é impossível olhar pra esse palco e não ter vontade de subir e tocar alguma canção.

sábado, 15 de fevereiro de 2020

O contrário do contrário.

Às vezes acho que sou contrário a tudo que as pessoas geralmente gostam. Odeio dias ensolarados, onde dizem às más línguas que são os dias mais bonitos. Sou fascinado por dias nublados, que mais parecem cenas de algum filme noir. Tenho 21 anos, mas em essência nunca achei que essa idade me pertencesse, não suporto o que a maioria dos jovens da minha idade dizem que são cruciais pra vida.
Às vezes eu me sinto um peixe fora d'água, às vezes me sinto o rio que percorre o horizonte. Odeio estar cercado de muitas pessoas, e às vezes odeio estar cercado por uma única pessoa. Gosto e odeio a solidão, acho que ela nos torna cada vez mais reflexivos e mais frios. Nunca fui um cara de quantidade, sempre sobressaiu a qualidade, e isso em todos aspectos da vida, tantos nos materiais, quanto nos mais sublimes. Gosto de me recordar da minha adolescência, dos poucos amigos que tive. Na verdade, eram três, e na minha imaginação a designação que eu fazia deles, era a seguinte: Edgar Allan Poe, Jack Kerouac e Nietzsche, dessa forma era porque eu gostava muito de ler os contos do Poe, o Felipe sempre foi viajado na geração beat, nos beatniks e lógico, no Kerouac, e o João Victor sempre leu muito sobre Nietzsche. Os anos se passaram, e o tempo muda a dança e o desejo, não tenho mais contato com o Felipe, o João retornamos a ter contato esse ano, ele estava numa viagem conhecendo toda América Latina, e me parece que agora temos um novo Jack Kerouac. Às noites uberlandenses eram cheias de música, poesia e boêmia. Lógico, nós éramos adolescentes, estávamos descobrindo nossas vidas naquele momento, provavelmente foi a época em que eu fui menos introspectivo, mas eu sempre volto pro meu altar. Desde lançamentos de livros, até festivais musicais aqui na cidade, nós éramos quase uma santíssima trindade. Os tempos são outros, e talvez a gente seja o contrário do que já fomos um dia, mas em essência seremos sempre Poe, Kerouac e Nietzsche.

                                                                                 
                       

                                                                                                              Y.C

Em rumo à América de sonhos tão cobertos por sons e por versos que eu te fiz.

Esses dias eu estava tendo uma conversa informal com minha mãe e chegamos no ponto nevrálgico de todo ser humano; às origens. Que eu sou bisneto de imigrantes italianos por parte de mãe eu já sabia, mas nunca havia tido a curiosidade de saber o porquê e como eles saíram da Itália e cruzaram o atlântico em busca de uma vida melhor. Pensar que às viagens duravam por volta de 40 dias, num navio a vapor totalmente lotado é algo que não me alimenta tanto os olhos, mas me colocando no lugar deles, provavelmente eu teria feito o mesmo. É engraçado como ainda assim nossa cultura brasileira tão diversificada, continua nos dias atuais com costumes típicos de italianos. Da culinária até os filmes ela está presente. Pesquisando algumas coisas na uébi, eu descobri que o meu sobrenome carrega até um brasão, se eu soubesse disso na época do colegial, eu teria alguns argumentos a mais quando começassem a tirar sarro falando sobre o amaciante Comfort.
Voltando ao assunto Itália, recentemente eu escrevi uma música (influenciada por essa questão de imigrantes italianos) que se chama ''América'', e os primeiros versos dela é o que carrega o título dessa postagem. Eu sei que eu deveria ser menos saudosista, mas realmente seja um estranho fetiche gostar tanto do arcaico, e não ser tão a fim do pós-moderno. Fora isso, acho que é de suma importância nós resgatarmos nossas origens pra saber de onde viemos pra saber para onde vamos.
Bom, o que eu sei é que enquanto isso eu continuo aspirando a resina de alguém que pouco sabe da vida, e que muito achava que sabia no escuro do quarto quando tentava compôr a música perfeita.

                 Será que um dia estarei no meio da ponte américa-europa? Será que só América ou será                               que só Europa? Os itinerários da vida podem ser estradas de dois gumes. 


                                                                                               Y.C

Eterna Frequência.

Contaria também os dedos de suas mãos, suas doces e calejadas mãos que sempre conseguem me sentir e me moldar. Como eu amo e venero seus láb...