quinta-feira, 17 de março de 2022

Admirável Mídia Nova.

  E a vida que um dia eu vi na canção

Agora se desfaz, escorre na minha mão
Por meio das viagens de uma exaustão
Que pesa no meu corpo junto a solidão
Dos trens ao meio fio na fotografia
Reféns da vida, sinto tua euforia
E o presidente reza pela nação
Sobe num palanque e mente a emoção
Tudo é teu, tudo é nosso, tudo sempre vai
O museu de arte, tudo sempre cai
O muro, a porta, a televisão
O lado escuro da lua naquela canção
Todo véu de algo que não é igual
É real, é concreto faz muito mal
A TV quebrada, o computador
Na palma da mão, cadê o teu sensor?
(Solo)
A mídia é nova, inova a todo momento
A bossa nova é velha e tem sentimento
Admiramos um mundo novo tão igual
Admirável mídia nova e todo seu know-how
Influência na vida qualquer um
Qualquer um é presidente, um lugar-comum
Nessa vida da gente tão banal, banalizamos
As pessoas e todo seu mal
Tudo é teu, tudo é nosso, tudo sempre vai
O museu de arte, tudo sempre cai
O muro, a porta, a televisão
O lado escuro da lua naquela canção
Todo véu de algo que não é igual
É real, é concreto faz muito mal
A TV quebrada, o computador
Na palma da mão, cadê o teu sensor?


                                                                    Yago Conforte.



Essa é a canção do povo marcado
Do povo feliz
É o admirável gado novo
É o nosso Brasil
Yeah
Vocês que fazem parte dessa massa
Que passa dos projetos do futuro
É duro tanto ter que caminhar
E dar muito mais do que receber
E ter que demonstrar sua coragem
À margem do que possa parecer
E ver que toda essa engrenagem
Já sente a ferrugem lhe comer
Êh, oô, vida de gado
Povo marcado eh
Povo feliz
Êh, oô, vida de gado
Povo marcado eh
Povo feliz
Lá fora faz um tempo confortável
A vigilância cuida do normal
Os automóveis ouvem a notícia
Os homens a publicam no jornal
E correm através da madrugada
A única velhice que chegou
Demoram-se na beira da estrada
E passam a contar o que sobrou!
Eh, oô, vida de gado
Povo marcado eh
Povo feliz
Eh, oô, vida de gado
Povo marcado eh
Povo feliz
Oh oh oh
O povo foge da ignorância
Apesar de viver tão perto dela
E sonham com melhores tempos idos
Contemplam esta vida numa cela
Esperam nova possibilidade
De verem esse mundo se acabar
A arca de Noé, o dirigível
Não voam, nem se pode flutuar
Não voam, nem se pode flutuar
Não voam, nem se pode flutuar
Eh, oô, vida de gado
Povo marcado eh
Povo feliz (eu quero ouvir vocês, vai)
Eh, oô, vida de gado
Povo marcado eh
Povo feliz
Feliz
Feliz
Feliz
Oôi
Oh uoh uoh uoh uoh eh eh eh boi
Eh boi, yeah yeah boi
Fonte: LyricFind
                                                         José Ramalho Neto



Pane no sistema
Alguém me desconfigurou
Aonde estão meus olhos de robô?
Eu não sabia, eu não tinha percebido
Eu sempre achei que era vivo

Parafuso e fluido em lugar de articulação
Até achava que aqui batia um coração
Nada é orgânico, é tudo programado
E eu achando que tinha me libertado

Mas lá vêm eles novamente
Eu sei o que vão fazer
Reinstalar o sistema

Pense, fale, compre, beba
Leia, vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga
Tenha, more, gaste, viva

Pense, fale, compre, beba
Leia, vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga

Não, senhor, sim, senhor
Não, senhor, sim, senhor

Pane no sistema
Alguém me desconfigurou
Aonde estão meus olhos de robô?
Eu não sabia, eu não tinha percebido
Eu sempre achei que era vivo

Parafuso e fluido em lugar de articulação
Até achava que aqui batia um coração
Nada é orgânico, é tudo programado
E eu achando que tinha me libertado

Mas lá vêm eles novamente
Eu sei o que vão fazer
Reinstalar o sistema

Pense, fale, compre, beba
Leia, vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga
Tenha, more, gaste, viva

Pense, fale, compre, beba
Leia, vote, não se esqueça
Use, seja, ouça, diga

Não senhor, sim senhor
Não senhor, sim senhor

Mas lá vem eles novamente
Eu sei o que vão fazer
Reinstalar o sistema

                                                       Pitty.

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