segunda-feira, 13 de julho de 2020

Talvez nós sejamos como Fernando Pessoa, com vários eu's e sempre a mesma pessoa.


Eu converso tanto comigo que às vezes penso que vou esquecer como conversar com as outras pessoas. Tá legal, eu sei que é necessário socializar com outros iguais, até pelo nosso próprio ego. Mas por quê é tão difícil conversar durante muito tempo com alguém sem, incrivelmente, perder o interesse em qualquer palavra que a pessoa fala? Será que se minha terapia estivesse em dia eu conseguiria lidar melhor com nós seres humanos? É... Pode ser, mas o pode ser às vezes fica lá, jogado naquela caixa velha que a gente guarda da infância, e que só de vez em quando a gente abre. Eu acho que sou um cara muito mais do futuro do pretérito do que qualquer outra coisa; desses que poderia, seria, só que nunca vai. E sim, eu gosto de ser assim, não me incomoda que eu seja assim, apesar de às vezes eu sentir que incomoda algumas pessoas ao meu redor. 
Dialogando com o Yago de alguns anos atrás, de quando eu ainda estudava no Tubal Vilela, eu percebi que em essência eu pouco mudei, ou eu nada mudei. Continuo sim sendo aquele cara que senta no fundão meio isolado de todo mundo, e que sempre tem um louco pra introsar e fazer amizade durante o ano letivo. Só que agora não tenho mais 8 anos de idade, e agora tenho muito mais responsabilidades do que eu tinha outrora. Uma coisa é certa, o Yago de antigamente muito tem em comum com o Yago de agora, e mais em comum ainda com o Yago da adolescência que ouvia Pet Sematary e sonhava em ser um astro do rock pra mudar o mundo, pelo menos o mundo a sua volta.    
     
                                              Y.C 

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