sábado, 30 de novembro de 2019

Sábados - Chuva e Pensamentos | PARTE I

Sempre admirei quem gosta de criar, e sempre gostei de criar coisas também. 
O sentimento de inventar coisas, seja na escrita, na música e afins, sempre pareceu estar impregnado em mim, e por mais que as coisas que eu escrevo sejam cheias de "sátiras internas" acho que em algum momento da vida elas farão sentido pra uma pessoa que seja. 

Esses dias eu estava relembrando a época do colégio, no Tubal Vilela (lugar e época onde tenho uma memória afetiva muito grande) e me lembrei de um poema que escrevi... Se não me engano foi a primeira coisa que escrevi em toda minha vida. Até meio que sem saber o que estava escrevendo, visto que eu tinha pouco menos de 9 anos... 

Eu me lembro que nesse poema, eu falava do Brasil, que era o país em que eu sempre irei morar, e coisas relacionadas a isso... 

E é muito interessante e talvez seja até meio louco perceber que alguns anos depois, o meu primeiro disco se chama "Nosso País". 

Engraçado ver como meio que inconscientemente, a primeira coisa que eu lembro de ter escrito influenciou o meu primeiro trabalho. 

Mais louco ainda é perceber que eu fui fazer essa correlação só algum tempo depois. 

Já que lembrei da infância, me ocorreu agora uma outra lembrança... 
Ainda com uns 8 anos de idade, na fazenda da minha tia eu sempre fingia estar fazendo algum show, tocando ou cantando, é interessante que eu faço essa "cocriação" da minha própria realidade sem antes nem imaginar o conceito disso. É como se fosse algo enraizado em mim...


OBS 1: Eu gosto de registrar algumas coisas sobre mim nesse site, porque se por ventura daqui alguns anos eu tiver algum problema relacionado à perda de memória, eu vou conseguir ao menos lembrar minimamente do que eu já fui um dia... Talvez seja paranóia de um quase hipocondríaco meio louco. 

OBS 2: Além disso, gosto de escrever aqui também porque às vezes me falta com quem falar sobre determinadas coisas banais aos olhos de terceiros, mas que têm grande importância pra mim. Escrever na internet é quase que falar pra um monte de gente e ao mesmo tempo não estar falando com ninguém, e isso de certa forma me fascina.

o passado voltou rasante.

Às vezes me pego pensando em coisas do passado em que eu acho que não me cabe mais. E desde que me entendo por gente sou assim. 
De onde vem esse saudosismo? Não sei... 

Pode ser que seja de alguma outra reencarnação, só assim faria sentido. 
Até porque é no mínimo estranho sentir falta de coisas que eu não vivi, e esporadicamente isso acontece. 
Mas mudando um pouco de assunto, ao começar a escrever esse texto, me veio na cabeça o Belchior, esse rapaz latino-americano que muitas vezes canta e acalenta nossos corações selvagens. 

Há uma canção dele em que diz a seguinte frase: "O passado é uma roupa que não nos serve mais." 

Mas até onde o passado encolheu a ponto de não caber mais em nossas vidas? 
Qual a lógica de viver algo e simplesmente depois esquecer? 


Tá legal, viver completamente num mundo de museus pode não ser exatamente a definição de algo normal, mas também esquecer completamente o passado a ponto dele não nos servir mais também não me convém, e não faz sentindo que convenha a algum ser humano.

Só achei justo registrar aqui esse saudosismo da minha parte e poder reler isso daqui alguns anos e pensar se ainda tenho os mesmos critérios, sonhos, e pra ver se a filosofia da vida ainda será a mesma. 

Nada mais que dois eu's, pretérito e futuro. 



"Minha cabeça pesa quase dois séculos, meu corpo flutua; peso nenhum...

Escrito por: Yago Conforte. 

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Here Comes The Sum



                                            ...

  The sun is the same in a relative way but you're older

Eterna Frequência.

Contaria também os dedos de suas mãos, suas doces e calejadas mãos que sempre conseguem me sentir e me moldar. Como eu amo e venero seus láb...